Temos certeza de que você já viu, leu ou ouviu o termo “Cruelty Free”, mas você sabe o que significa? Com o crescimento da consciência geral sobre práticas sustentáveis e éticas, muitas empresas têm adotado essa modalidade que rejeita os testes científicos em animais.
Nós, da FreeBrands, vamos esclarecer para você todos os detalhes que acompanham o selo de coelhinho que alguns produtos — como os nossos — carregam! Continue a leitura e confira.
O que é Cruelty Free e por que é tão importante?
Numa tradução literal, Cruelty Free significa “sem crueldade” ou “sem maldade”. Ele é usado para indicar que um item de determinada empresa não foi testado cientificamente em animais e que não teve qualquer tipo de exploração com os bichinhos na etapa de produção.
Recentemente, as marcas que ainda fazem esses tipos de testes têm sido incentivadas a abandoná-los. Essa prática, além de desnecessária na maioria dos casos, machuca e mata animais todos os dias. A importância do selo Cruelty Free fica ainda mais evidente, não é mesmo?
Você também pode se interessar por: Você sabe o que é consumo consciente? Aprenda e pratique!
História do selo Cruelty Free
O selo Cruelty Free começou a ser utilizado nos anos 80 quando diversas pessoas protestaram contra os testes realizados em animais nas principais empresas de cosméticos, higiene e produtos de limpeza. Os ativistas pediam que essas grandes corporações adotassem outros métodos de verificação de fórmulas que não envolvessem seres-vivos.
Com essa enorme mobilização ao redor do mundo, foi criada uma Organização Sem Fins Lucrativos (ONG), a Cruelty Free International, que ficou responsável por estruturar o selo e fiscalizar marcas que concordassem com esses termos.
Atualmente, é bastante comum que os consumidores busquem por produtos que tenham essa garantia, por isso, é tão importante que uma empresa assuma a responsabilidade com esse tipo de ação.
Como são testados os produtos Cruelty Free?
Como vimos anteriormente, o Cruelty Free foi criado para que as empresas parassem de testar fórmulas em animais e fizessem isso com outros métodos. Você sabe quais são? Com os avanços científicos atuais, é possível criar peles, olhos e outros órgãos em laboratório, o que, dessa forma, evita que as avaliações sejam feitas em seres vivos.
Outra alternativa são os testes in vitro (ou seja, fora do organismo), que podem ser realizados em colônias de células coletadas de humanos — esse é um processo indolor e autorizado pelo paciente. Essa opção costuma ser a etapa final do processo de verificação de segurança, então não há riscos para as pessoas envolvidas.
Esses tipos de testes — que não envolvem animais — são mais eficazes! Os nossos corpos são muito diferentes e podem se comportar de maneiras opostas. A penicilina, por exemplo, mostrou ineficácia nos coelhos, mas é muito útil para nós.
Sendo assim, a opção Cruelty Free é benéfica para o bem-estar dos humanos e dos animais. Todo mundo sai ganhando!
Confira: Vamos cuidar do nosso planeta?
Como saber se um produto é Cruelty Free?
Conhecendo a importância e as vantagens de consumir produtos Cruelty Free, você quer aprender agora como identificá-los? A resposta é simples, mas atenção: há alguns cuidados!
As empresas reconhecem o crescimento do público consciente, então muitas delas tentam enganar seus consumidores. Elas se autoproclamam Cruelty Free, mesmo realizando avaliações em cobaias — se um de seus ingredientes tiver sido testado, o produto já não pode receber esse título!
Para ter certeza de que você está realmente comprando itens sem crueldade animal, procure por opções que tenham selos identificadores oficiais. Quer saber quais são? Continue a leitura e confira.
Quais são os selos Cruelty Free?
Para identificar produtos que são Cruelty Free, foram criados selos característicos. Existem alguns marcadores que sinalizam os itens que pertencem a essa corrente, eles são:
- Not Tested on Animals: esse selo só pode ser atribuído pela Choose Cruelty Free, uma organização australiana independente sem fins lucrativos;
- Cruelty Free: a People for the Ethical Treatment of Animals (PETA) concede esse título a empresas que comprovam que não realizam qualquer tipo de teste em animais;
- Leaping Bunny: conferida pela Cruelty Free International, as marcas com esse selo seguem diversos padrões de fabricação ética;
- Selo Vegano: é concedido pela Sociedade Vegana Brasileira (SVB) e indica que o produto não foi testado em cobaias e nem tem nenhum ingrediente de origem animal!
Todos esses selos levam a marca de que este é um produto para quem pratica o consumo consciente!
Quais são as marcas que não testam em animais?
Para te ajudar no início da jornada de se adaptar a produtos Cruelty Free, vamos te mostrar algumas das marcas que oficialmente não testam em animais para você investir sem medo!
- Higiene: FreeCô, Granado, Phebo, Salon Line e Surya Brasil.
- Beleza: Beta, Vult, The Body Shop, Marc Jacobs, Eudora, Acquaflora, Adcos e Bioderma.
- Limpeza: Minuano, Biowash, Ypê, UAU, Urca, Búfalo, Positiv.a, Bioz Green e Yvy.
- Alimentos: Renata, Pepsico, Elma Chips, Toddy, Gatorade e Kellog’s.
Essas são as marcas que você pode apostar sem medo, no entanto, não se esqueça de procurar pelos selos Cruelty Free na hora de adquirir algum produto.
Qual a diferença entre vegano e Cruelty Free?
Outro tópico importante para começar a entender mais sobre o universo de proteção aos animais é a diferença entre os termos vegano e Cruelty Free. O primeiro se refere a itens que não possuem nenhum tipo de composto ou realizam exploração animal. Isso seja no setor alimentício, cosmético, de vestuário e muitos outros.
Já o movimento Cruelty Free diz respeito somente aos testes não realizados em bichos. Ou seja, todos os produtos veganos são Cruelty Free, mas nem todos os Cruelty Free são veganos.
Com todas essas informações, agora você pode entender e compartilhar a importância da presença desses selos nos itens que consome. Não se esqueça que eles foram desenvolvidos para um mundo mais justo e sustentável. Portanto, leve em consideração esses conceitos na hora de realizar suas compras.
Se você gostou do assunto não pode deixar de conferir um guia completo com quatro casas sustentáveis para conhecer.
Referências:
GRAPPE, Cindy G. et al. “Not tested on animals: how consumers react to cruelty-free cosmetics proposed by manufacturers and retailers?. International Journal of Retail & Distribution Management, v. 49, n. 11, p. 1532-1553, 2021.
BRANCO, Andreia Filipa Ferreira. Motivações de compra do consumidor de produtos de cosmética Cruelty-Free. 2021. Tese de Doutorado.
